Suicídio e a visão espírita: Sempre há uma luz!
- Jorge de Almeida Couto
- 18 de fev. de 2018
- 3 min de leitura

Entenda por que o suicídio traz graves consequências ao Espírito
A pergunta que não quer calar é: o que acontece com um suicida no mundo espiritual e ele é punido por Deus? Quem responde é o espírita Jorge Couto, presidente do Centro Espírita Trabalhadores da Luz Eterna (Cetle), coordenador do projeto SUICÍDIO: É PRECISO FALAR. Aqui, na Sala de Perguntas e Respostas, Jorge Couto é taxativo: “o suicídio não resolve as angústias de ninguém”. Leia a resposta e fique sabendo o porquê.
O suicida é punido por Deus por ter rejeitado a vida e qual é a situação dele no plano espiritual?
Jorge Couto – O suicídio, na visão do mundo espiritual, é considerado um crime que a pessoa comete contra si mesmo. Precisamos entender que o Espírito é imortal. Assim, quando falamos que “o fulano tirou a vida ou se matou”, na realidade estamos dizendo que "o fulano interrompeu a existência dele nesta reencarnação, pois as reencarnações são vivências temporárias em que o Espírito veste um corpo de carne e na personalidade que se torna vem vivenciar uma série de aprendizados novos, necessários para o seu aperfeiçoamento rumo à perfeição que é a meta de todos nós.
São nas reencarnações que os Espíritos sedimentam em si conhecimentos, experiências, maturidade e virtudes, e têm ensejos de reparar erros cometidos, expurgar mazelas da alma no corpo físico, reconciliar com adversários, aprender a administrar talentos, valorizar as coisas, as pessoas, a família, sedimentar virtudes a partir do amor, enfim, a reencarnação é um curso intensivo de trabalho e aprendizado, de um valor imensurável. É uma das maiores concessões do amor de Deus para todos os seus filhos.
Dentro desse contexto, tem o Espírito ensejo para as provas e as expiações. Assim, na medida em que sai vitorioso da vivência reencarnatória, ele, o Espírito, dá um passo a mais rumo à perfeição. Desse modo, o homicídio, o suicídio e o aborto são crimes graves perante o mundo espiritual maior.
O ABORTO é um exemplo. Quando o agente praticante interrompe a vivência do ser que já está por reencarnar, lembramos que o Espírito designado para aquele corpo em formação foi ligado a ele no momento da fecundação do óvulo e ligado à mãe numa simbiose de amor. O aborto tira toda esperança e acaba com a oportunidade do ser reencarnante realizar o projeto daquela vivência que foi planejado antes da efetivação dela. A reação do ser abortado após o aborto é imprevisível. A Lei Divina vai cobrar dos homicidas do aborto a reparação justa, pois o pai também é responsabilizado, bem como os que ajudaram, praticaram, ou induziram.
O HOMICÍDIO é o assassinato da vida de outrem e está no mesmo caminho: o criminoso rompe o andamento do programa reencarnatório daquele que fora assassinado. Também se responsabiliza pelo fracasso reencarnatório dos dependentes do assassinado. A Lei Divina cobrará a reparação de toda queda causada ao próximo.
Já o SUICÍDIO é um crime contra a si mesmo e está no mesmo caminho: o ser interrompe a própria vivência naquela experiência reencarnatória, além de desprezar a oportunidade de realizar o planejado da reencarnação, assim agrava mais os seus débitos com Lei Divina. Elege a dor para as reparações futuras, recomeçando no ponto onde parou e da forma que se tornou com o agravo dos danos provocados pelo ato, pois a matriz modeladora do futuro corpo físico ficou danificada.
RESPONDENDO à pergunta se o suicida é penalizado por Deus, dizemos que não, na verdade ele será penalizado pela Lei Divina que rege vida. Desse modo, como o juiz na terra não condena o réu, apenas aplica a penalidade estabelecida pela Lei, mesmo assim antes de dar a sentença avalia os atenuantes e agravantes, também age a Justiça Divina ao analisar a intenção do ato. Para qualquer reparação, Deus dá as condições mais favoráveis a medida que os ombros puderem suportar o peso da cruz. Reparações não são castigos. São bençãos para os Espíritos devedores.
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